diferença entre oleo de transmissão







Certa vez um e-mail de suporte nos perguntava se todos os ATFs (óleos de transmissão) eram a mesma coisa, pois de acordo com o frentista do posto onde ele abastece há mais de 20 anos, o que muda é só a marca.
Bem, então vamos quebrar este tabu de uma vez por todas:
Regra um: Se adicionarmos um ATF diferente da marca e características exigidas pelo fabricante da transmissão, ela pode até funcionar, em contrapartida o tempo de vida dela que vai mudar sem que ninguém perceba.
Regra dois: Se as propriedades do ATF usado, for diferente do recomendado a transmissão pode mudar seu comportamento (trancos, patinações e ruídos) e não vai existir mecânico que vai conseguir repara-la, pois não se trata de um defeito.
Regra três: Depois de colocada na caixa, é praticamente impossível se saber qual tipo de ATF foi usado, exceto pela cor exclusiva de alguns fabricantes.
Regra quatro: Saiba de antemão qual tipo é usado pelo seu carro e como verificá-lo.
Regra cinco: Não existem ATFs vitalícios, seja qual for a marca do carro.

Mas afinal para que serve o ATF?
O ATF é um fluido de multi-propósito que, dentre várias finalidades, ele:
- Resfria a transmissão;
- Limpa as peças;
- Lubrifica o sistema;
- Ajuda a transmitir força;
- Garante a pressão interna necessária;
- Inibe depósitos de verniz e impurezas;
- Protege os metais contra oxidação.
O ATF não se deteriora como o óleo do motor que com o uso é esperado ficar escuro, portanto se o fluído de sua transmissão ficar escuro, pare imediatamente pois, algo está errado!
Qualquer ATF contém ingredientes em sua fórmula que melhoram consideravelmente sua estabilidade quanto à oxidação e possui também aditivos inibidores de corrosão e borbulhamento. Com o uso e intempéries, estes aditivos e ingredientes deterioram-se causando a perda da capacidade e viscosidade do óleo. É justamente esta perda que leva a transmissão a funcionar incorretamente até quebrar. Trocar o ATF em intervalos de quilometragem de 40 a 60 mil ou a cada 2 ou 3 anos é extremamente recomendável. Os ATFs mais modernos são mais estáveis e resistentes, podem durar mais, mas também devem ser trocados.

Onde compro ATF?
Nas concessionárias da marca, nas distribuidoras de óleos, no posto de gasolina, nas oficinas especializadas, porém exija somente o que seja do mesmo tipo e aplicação, pois as características devem ser iguais ou superiores ao recomendado.

E quais são os tipos de ATF?
Ao longo dos anos sempre houve uma confusão geral sobre este assunto em função da quantidade de marcas oferecidas. Então vamos conhecer a maioria deles:
Type F – Introduzido pela Ford em 1967 e que foi usado também pela Toyota.
Type CJ – Especial para linha Ford C6. É similar ao Dexron II e não deve ser usado em carros com Type F
Type H – Mais um ATF designado pela Ford e não é igual ao Type F ou Type CJ.
Mercon – Designação atual da Ford, introduzido em 1987. É similar ao Dexron II. Substitui os fluidos Ford anteriores exceto Type F
Mercon V – É o nível mais alto da Ford atualmente. Foi introduzido em 1997 e é destinado à Ranger, Explorer V6 e Aerostar, assim como para os carros  Windstar, Taurus/Sable e Continental a partir de 1998. Não deve ser usado em veículos anteriores da Ford.
Dexron – Designação GM para o ATF de seus  veículos automáticos.
Dexron II – ATF melhorado com controle de viscosidade superior e inibidores de oxidação adicionais. Pode substituir o Dexron.
Dexron IIE – Fluído GM criado especialmente para suas primeiras transmissões eletrônicas. 
Dexron III – Substitui o fluido Dexron IIE e implementa melhor controle de oxidação e corrosão. Foi desenvolvido para uso nas transmissões GM eletrônicas. 
Dexron III (H) – Introduzida em 2003, é um nível superior com novos aditivos resiste a alto impacto. 
Dexron III/Saturn – ATF diferenciado quimicamente para uso em veículos Saturn da divisão GM.
Dexron-IV – Sem informações até a presente data exceto que foi desenvolvido para uso em muito baixas temperaturas.
Dexron-V – Sem informações até a presente data.
Dexron-VI – Introduzido em 2006 para as transmissões GM Hydra-Matic 6L60/6L80 6-marchas com tração traseira. Pode ser usado como substituto dos ATF Dexron III e III(H).
Chrysler 7176 – Quando de sua apresentação ao mercado era o ATF versão Chrysler para seus veículos de tração dianteira (FWD)
Chrysler 7176D (ATF+2) – Introduzido em 1997, implementa aditivos que permitem circulação do fluxo em baixas temperaturas. 
Chrysler 7176E (ATF+3) – Implementa melhor estabilidade para o ponto de ruptura das propriedade do ATF. Passa a usar uma base lubrificante de qualidade superior. Indicado para as caixas de 4 marchas e não deve ser substituído por ATF tipo Merkon ou Dexron exceto quando aditivados para tal. 
Chrysler ATF+4 (ATE) – Introduzido em 1998, o ATF+4 é sintético e substituto do ATF+3 anterior. Usado primariamente para os veículos 2000 e 2001, pode substituir e ser usado nas transmissões anteriores, (exceto nas minivans anteriores a 1999 inclusive, equipadas com a 41TE/AE). Neste último caso o ATF+3 é o indicado por ter características que evitam a trepidação do conversor de torque em determinadas situações.

NOTA: A regra a ser seguida é a seguinte: O ATF+4 Chrysler deve ser usado sempre que a especificação do manual assim o exigir. A coloração vermelha original deste óleo não é permanente. Diferente dos outros, ele vai mudando de cor até ficar escuro e ficar marrom. Possui um odor peculiar que modifica-se com o tempo. Por este motivo com o ATF+4 original, não baseie-se na cor e odor, pois é impreciso qualquer julgamento. Use sempre a tabela de troca regular do fabricante, mas que não deve exceder a 60 mil quilômetros.
Chrysler ATF+5 - Desenvolvido para veículos a partir de 2002.

APLICAÇÕES IMPORTANTES:

BMW LT71141 ou LA2634 – ATF especialmente formulado para transmissões BMW.
Genuine Honda ZL ATF – Desenvolvido para transmissões Honda, exceto CVT.
Mitsubishi Diamond SP-II & SP-III – Fórmula especial para Mitsubishi.
Nissan J-Matic - Fórmula criada pela Nissan pra suas transmissões.
Toyota Type T, T-III & T-IV – É o fluido original desenvolvido pela fábrica para suas transmissões Lexus/Toyota.
NOTA: É fácil confundir-se com as inúmeras quantidades de fabricantes e palpiteiros sobre o assunto ATF ou fluido de transmissão automática. Preço é um fator que convida ao erro, portanto siga as especificações técnicas escritas nos rótulos e classificações SAE e API ou então use exclusivamente o óleo original de seu fabricante. Ele pode custar mais caro, mas é o único que não apresenta dúvidas. Como dito no começo deste artigo, usar o ATF errado pode diminuir consideravelmente o tempo de vida de sua transmissão.

Manual do Chrysler Stratus 2.0 e 2.5 em português BR

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